NALDOVELHO
Lua nublada?
Vez em quando aparece,
quase sempre se esconde.
Madrugada de outono,
onde o silêncio enlouquece
e a cidade não dá conta
de como é feio o abandono.
Vez em quando aparece,
quase sempre se esconde.
Madrugada de outono,
onde o silêncio enlouquece
e a cidade não dá conta
de como é feio o abandono.
Ruas desertas, esquinas
vazias,
portas e janelas fechadas
e alguns poucos carros
passam e não param.
Ainda existe o orvalho,
tipo lágrima discreta.
Ainda existe a espera,
coisa estranha e inquieta.
portas e janelas fechadas
e alguns poucos carros
passam e não param.
Ainda existe o orvalho,
tipo lágrima discreta.
Ainda existe a espera,
coisa estranha e inquieta.
Lua nublada?
Já foi cheia e exibida
dentro do meu quarto,
já dançou noites de insônia,
bebeu todo o meu absinto,
fez juras de amor eterno
e depois minguou.
Hoje é só nublada:
vez em quanto aparece,
quase sempre se esconde.
Já foi cheia e exibida
dentro do meu quarto,
já dançou noites de insônia,
bebeu todo o meu absinto,
fez juras de amor eterno
e depois minguou.
Hoje é só nublada:
vez em quanto aparece,
quase sempre se esconde.
Lua brincando de esconde-esconde, é tormento momentâneo. Pois que tem fases que se repetem mas se alternam no horizonte!
ResponderExcluirParabéns, Naldo!
Lua nublada esconde mistérios, traz em si um quê de profano!
ResponderExcluirParabéns, Grande Bardo!