sexta-feira, 16 de setembro de 2011

PRIMAVERA ANSIOSA (LUZ E SOMBRAS)


   NALDOVELHO
  
   Silencioso e friorento,
   nasce o dia em meu quarto
   e com ele um céu de preguiça
   povoado por nuvens esparsas.
   Umidade relativa do ar
   muito maior do que se pensa!

   Pela janela um vento macio
   acaricia o mês de setembro
   e num café quente e encorpado 
   amanheço atrasado nas horas.
   E a cidade orvalhada lá fora
   alimenta o poema que eu tento.

   Sinfonia de fim de inverno
   em harmonias repletas de sonhos
   que pássaros precursores revelam:
   primavera nos acena ansiosa!
   E do horizonte orgulhosa exclama:
   não morrerá a luz dos seus olhos!

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