NALDOVELHO
Tem um vento arruaceiro
desarrumando o quarto,
trazendo cheiro de mato,
notícias dos longes,
verdades trazidas
nem sei bem de onde,
e uma certa inquietude,
coisa difícil de explicar.
Tem uma certa nostalgia
desencravando histórias,
resgatando memórias,
sentimentos guardados,
cicatrizes que ainda doem,
se tocar ainda sangram,
e a saudade diz presente,
diz que veio pra ficar.
Tem um certo ar de abandono
e numa tarde fria de outono,
café com conhaque,
cigarrilha cubana,
tem também um bolero,
um quê de quero não quero...
Coisa mais sem graça
é não poder deixar de te amar.
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