NALDOVELHO
Cicatriz
dolorida, dedo miúdo esquerdo.
Nunca mais
descasquei cana, medo!
Vai que eu
esqueço de novo
o pobre do
mindinho esquerdo?
Cicatriz
disfarçada, pálpebra do olho direito,
vez por outra
arde, denuncia, faz alarde,
reclama da
lágrima, diz que é cisco no olho.
Quem sabe um
segredo?
Coração em
degredo vez por outra ainda chora.
Escorrem
versos, ponta dos dedos...
Gota a gota,
segredos, meus medos.
Vai que eu
esqueço a trilha
e me vejo de
novo na rota do desassossego?
Melhor buscar
frutas tenras,
não esquecer
de evitar as ácidas!
Melhor usar
óculos escuros...
Não esquecer
do colírio!
Melhor
permanecerem os versos,
vez por outra
coração ainda vacila,
teima em
buscar outras trilhas,
e aí...
Haja coração!
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