Em seus olhos
eu percebo
promessas,
encontros, essências,
dose certa de
desassossego,
medida e meia
de carícias,
e uma certa
contundência
por ter se
entregue inteira
as trilhas
desta vida.
Em sua boca
eu prevejo
o perigo da
peçonha
e um abrigo a
insônia
que tanto
tormento traz.
Do seu colo
escorrem seivas,
dos seus
seios a malícia,
pois sempre
na tocaia
vivem a me
desafiar.
Das coxas
suadas,
orvalhadas,
como queira!
preciosa e
ardilosa teia
a me manter
ser cativo,
entranhado,
enlaçado,
e em
correntes feito escravo,
não consigo
escapulir.
Minhas pernas
não respondem,
Presa fácil
entre os dentes.
E um pouco
abaixo do seu ventre,
olho d água
pulsa ardente
por esfregas
indecentes,
por entregas
ansiosas,
encaixados,
descuidados,
já nem sei
por onde ir.
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