Destrambelhados,
dispersos, confessos,
versos que a
vida, feito louca,
teceu em
teias complexas,
a demonstrar
estiagens,
inquietudes,
gasturas,
coisas
confusas, bobagens,
manias de um
poeta
que o mundo
forjou pela dor.
Assim são os
falares
de quem se
manteve em viagem
por lugares
distantes, paragens,
planícies
inóspitas, lunares,
solitários
caminhos, sem tino,
nunca
escondeu suas lágrimas,
sangrou o
sangue dos tolos
e ainda assim
sobreviveu.
Versos em
desalinho,
fora do prumo
e urgentes,
água ardida,
aguardente,
revelam
amplitudes da alma
de quem não
aceitou o consolo,
desfez-se dos
laços, correntes,
acreditou no
amor e sonhou.
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