NALDOVELHO
Estalagem dos
amantes,
refúgio dos
descrentes,
tantos anjos
indecentes
procurando se
abrigar.
Tanta gente inocente
procurando se
aquecer
do inverno destes
dias,
desta chuva
insistente...
E serve um gole de
aguardente,
e traz alguém de
colo quente
que hoje eu quero
esquecer,
um amor incoerente
que deixou dor de
presente,
que marcou qual
ferro quente,
mas que deu tanto
prazer.
Quero ficar só mais
um pouco
pra me curar deste
veneno,
foi mordida de
serpente
que hoje eu tento
exorcizar.
Logo, logo amanhece
e eu espanto a
solidão,
pé na estrada, sigo
em frente,
vou atrás de outra
ilusão.
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