terça-feira, 20 de setembro de 2011

UM TRIBUTO ÀS GERAIS (ARQUIVO)


      NALDOVELHO

      Um vento varreu as Gerais 
      e espalhou sementes preciosas, coisas viscerais.
      Espalhou o verde de se colher esperança,
      o azul de um céu repleto de vivências,
      o amarelo de tanto ouro e riquezas
      e o vermelho do sangue dos inconfidentes.

      Tantas coisas cristalinas 
      por esse Brasil sem fronteiras,
      tantas cantigas, histórias, 
      toadas, prosas, poemas;
      espalhou Elanes, Nanas, 
      Lírias, Alices e Helenas,
      mulheres, preciosas gemas;
      espalhou até meu encantamento, 
      pois mesmo não tendo nascido por lá,
      aqui surgi, graças a esse pé de vento.
      
      E acreditem! 
      Geneticamente comprometido,
      e irremediavelmente inquieto,
      por conta de tanta energia nas entranhas
      e querendo ser varrido por um outro pé de vento,
      para poder semear também.

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