quarta-feira, 21 de setembro de 2011

O QUE DEFENDES? (ARQUIVO)


   NALDOVELHO

   Defendo a compaixão no coração do homem
   e a fraternidade como moeda verdade,
   o entendimento como meta incessante
   e a caridade como luz no horizonte.

   Defendo mãos dadas e abraço apertado,
   nós desatados na imensidão dos meus sonhos
   e fios desembaraçados tecendo caminhos.

   Defendo rios, florestas, campinas,
   montanhas, planaltos e mares.

   Defendo o direito, não importa a escolha,
   e o caminho, não importa o destino.

   Defendo o alimento a matar toda a fome
   e águas jorrando, saciar toda a sede.

   Defendo a dor que redime o pecado
   no ventre daquela que nos doou seu carinho.

   Defendo o sangue que corre em nossas veias,
   não importa a raça, o credo ou o idioma.

   Defendo a possibilidade de desfazer o mal feito,
   transformando o inimigo num novo amigo.

   Defendo a esperança, a cura, a bonança,
   defendo a mão que semeia o trigo.
   Valei-me Deus! Um futuro melhor.

   Só não defendo o forte espoliando o mais fraco,
   nem a lâmina afiada derramando sangue.

   Só não defendo o ódio, o preconceito,
   e a ofensa a pessoas inocentes, injustas sentenças,
   arbitradas por quem quebrou seus espelhos,
   não consegue olhar em seus próprios olhos,
   não consegue perceber no que se transformou.

   E agora me responda: o que defendes?

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