Ruas,
travessas, becos, esquinas,
sacadas,
varandas, janelas entreabertas,
o
tempo nublado, calçadas molhadas,
a
chuva miúda, o cheiro de terra,
momentos
de espera, estou tão sozinho,
o
barulho dos carros apressados que passam,
o
mês é setembro, quase primavera.
Andar
sem sossego por toda a cidade,
tomar
um conhaque, fumar um cigarro.
Melhor
ir para a casa compor um poema,
dedilhar
no piano um velho bolero,
sussurrar
o seu nome, você está tão longe,
o
telefone que toca, desculpe, é engano!
Continuo
lhe amando, apesar dos enganos.
Comprei
seu perfume e espalhei pelo quarto,
ainda
sou um romântico, daqueles incorrigíveis
e
o seu retrato ainda mora na cabeceira da cama.
Já são mais de dez
horas nessa cidade nublada,
já faz tanto tempo que
a saudade é um tormento,
queria poder viajar pra
bem longe,
queria poder me
encontrar com você,
tentar refazer, acertar
desta vez.
Os
meus muitos defeitos: alguns consertei.
O
livro de contos, ainda não terminei,
para
ser bem sincero, a muito não pego,
já
faz algum tempo, só escrevo poemas:
o
mesmo tema de sempre...
E por falar em você...
Suas lembranças ainda estão vivas dentro de mim..
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