quinta-feira, 22 de setembro de 2011

A MESMA HISTÓRIA DE SEMPRE (ARQUIVO)


      NALDOVELHO

      Sereno da noite, cheiro de madrugada,
      pétalas molhadas, tocar o teu rosto,
      olhar em teus olhos, dizer que te quero,
      tua pele macia, permaneço ao teu lado,
      apesar da distância sobrevive a poesia,
      nesta cidade nublada, nesta cidade tão fria.

      Já são cinco horas e a insônia insistente...
      Imagino o teu corpo enroscado ao meu.
      Esquecer: não consigo, do que eu mais preciso,
      os teus seios tão fartos espremidos em meu peito.

      Tua pele é tão branca, suave e macia.
      Ainda curto as sardas, tuas marcas, perigos.
      O som da tua voz fixou moradia dentro de mim.

      O sol vai nascendo, chove e faz frio...
      É a mesma história de sempre:
      só ao amanhecer eu consigo
      conciliar a insônia e o sono.

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