segunda-feira, 19 de setembro de 2011

COISAS TÃO PLENAS (ARQUIVO)


   NALDOVELHO

   Trago comigo coisas tão plenas,
   prosas em versos, cantigas, poemas,
   serenas mensagens de amor e saudade,
   vivências que o tempo preservou para mim.

   Trago braçadas de rosas vermelhas
   e o corpo marcado, espinhos, certezas,
   brancos crisântemos, delicados jasmins,
   mistura de essências de um sagrado jardim.

   Trago comigo histórias de vida,
   trilhas abertas em horas incertas,
   as mãos calejadas por aparar as arestas
   no esculpir dos sonhos que ousei projetar.

   Trago comigo frutas tão tenras,
   o vinho extraído na inclemência da vida,
   o suor e sol na colheita do sal
   e um sorriso nos olhos pra poder te ofertar.

   Trago comigo o segredo dos magos,
   desfaço embaraços, armadilhas, feitiços
   e nas ervas trago a cura precisa
   pros males que o homem teima em criar.

   Trago comigo a força dos ventos,
   do ciclo das águas trago a clareza,
   também trago um hino à vida que temos
   e a certeza de um dia poder te encontrar.

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