NALDOVELHO
Pelas
ruas desertas,
madrugadas
repletas
de
poesia e insônia.
Pela
janela do meu quarto
eu
espreito um outono
de
lágrimas ardidas
que
secretamente eu choro
para
ninguém poder notar.
Pelo
som de um bolero,
melodia
de enganos,
meus
sonhos, meus planos.
Pela
fumaça do cigarro
que
teimosamente eu devoro
e
o pulmão não agüenta,
qualquer
dia explode,
ou
quem sabe implode.
Pelas
cordas do meu violão
que
afinadas revelam
sentimentos
e intenções.
Pelo
telefone que toca
e
tua voz me sufoca,
dá
um aperto no peito,
tipo
nó cego, difícil de ser desfeito.
Por
todas as coisas que eu sinto
e
que em voz alta eu nego,
e
só revelo em meus versos,
melhor
então confessar:
teu
nome é desassossego
e
eu não consigo me libertar.
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