Por todos os cantos e lados,
por ruas, por becos,
passagens,
por vias transversas e praças,
por muitas aldeias, cidades,
busquei o aconchego fraterno,
busquei o abrigo seguro,
usei como senha o Teu Nome,
encontrei na frieza dos homens
a distância, o silêncio
nervoso
e até o gesto raivoso
de quem não me reconheceu
como um ser igual, um irmão.
Por trilhas, caminhos,
atalhos,
por terras desertas,
distantes,
oásis, clareiras, montanhas,
por tantas e quantas
nascentes,
por rios, por deltas, por
mares,
procurei um sinal, uma marca
que me trouxesse enfim o
conforto,
de um porto, de um ombro
amigo.
Quem sabe numa pequena
estalagem,
num ser humilde do campo,
que quisesse dividir comigo
a paz, a harmonia, o encanto
de viver no amor e na crença
de um mundo melhor e mais
justo,
onde os seres se reconheçam
como filhos de um mesmo Pai?
Uma vez mais encontrei o
silêncio,
a incerteza, o ódio e a
cegueira
de quem não se permitia um
abraço,
um sorriso, um aperto de mão.
Continuei a jornada,
tristonho,
eremita, andarilho, um banido
com a certeza de ser um caído
em busca da redenção.
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