NALDOVELHO
Percebo a fragrância que suavemente se entranha
e a peçonha que insidiosamente se assanha.
Percebo as garras que impiedosamente arranham,
e a tua pele branca e tão cálida.
Percebo as minhas pernas, trêmulas, tão frágeis
e o batimento do um coração acelerado, descompassado.
Percebo as frestas, grutas, reentrâncias,
e a seiva a jorrar dos teus poros.
Percebo a janela abusadamente escancarada,
e a porta convenientemente trancada.
Percebo a lua por inteira, conivente, alcoviteira
a dizer-nos: ainda é cedo!
Percebo as horas, lentas, sonolentas,
e as lágrimas que indecisas não choram
E uma música nostálgica a tomar conta do ambiente.
Queria que a noite nunca mais fosse embora.
Queria que a dor ficasse presa lá fora
e o amor ficasse livre aqui dentro.
Queria poder perceber por todo o tempo cada detalhe,
até poder morrer, antes que seja tarde.
e a peçonha que insidiosamente se assanha.
Percebo as garras que impiedosamente arranham,
e a tua pele branca e tão cálida.
Percebo as minhas pernas, trêmulas, tão frágeis
e o batimento do um coração acelerado, descompassado.
Percebo as frestas, grutas, reentrâncias,
e a seiva a jorrar dos teus poros.
Percebo a janela abusadamente escancarada,
e a porta convenientemente trancada.
Percebo a lua por inteira, conivente, alcoviteira
a dizer-nos: ainda é cedo!
Percebo as horas, lentas, sonolentas,
e as lágrimas que indecisas não choram
E uma música nostálgica a tomar conta do ambiente.
Queria que a noite nunca mais fosse embora.
Queria que a dor ficasse presa lá fora
e o amor ficasse livre aqui dentro.
Queria poder perceber por todo o tempo cada detalhe,
até poder morrer, antes que seja tarde.
Caro amigo, Naldo, "maravilhosas" ainda é pouco com que adjetivar suas obras. Obrigada, por nos presentear com tanta Poesia! Abraço
ResponderExcluirBelas percepções!
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