NALDOVELHO
Armadilhas, tocaias, acidentados atalhos,
trilhas, espinhos, desvios de rumo...
Perdi o meu prumo, vesti um agasalho,
e em meio à tormenta semeei tantas coisas,
uma árvore frondosa foi o que me restou.
Na trilha dos ventos, um refúgio, um abrigo,
o rochedo resiste ao açoite inclemente,
outono de sonhos, de folhas, de flores,
e a chuva se apressa e inunda o caminho.
Colheita de versos desordenados, dispersos,
imagens cinzentas, entardecer de junho,
saudades que eu tenho, fiquei tão sozinho
ao dedilhar o meu pranto, melodia de enganos,
uma toada que eu canto pra espantar minha dor.
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