domingo, 25 de setembro de 2011

ESPÍRITO INQUIETO (ARQUIVO)


   NALDOVELHO

   Eu sou teu descompasso,  
   tua perda de rumo, tua agonia e aflição.
   Sou tempestade que assola teus dias, 
   mas sou também calmaria após a paixão.

   Sou lágrima escondida, 
   sou a materialização da saudade
   e a sombra que assombra tuas noites insones
   e que por pura magia ou misteriosa alquimia
   tu transformas em versos, cantigas, poemas, 
   imagens, jornadas por paisagens diversas,
   estranhas, complexas...

   Sou teu fantasma e desterro e o pulsar dos teus medos,
   mas sou também a coragem para que possas seguir viagem
   em busca da redenção.

   Sou segredo precioso em teus guardados,
   sou o teu sorriso mais belo e o teu olhar mais singelo.

   Sou tua busca incessante, teu caminho e suplício...
   e a inquietude insistente que pelas dobras da vida
   fizeram de tua estrada um caminho só de ida.

   Sou por fim, meu poeta,
   o espírito inquieto que habita teu coração.

2 comentários:

  1. Poeta como tu não pode desistir amei .amanha vou ligar o PC para copiar ,bjo Camo Landell

    ResponderExcluir
  2. Lindas tuas poesias. Escreve com sentimento. Amei poeta. Um abraço

    ResponderExcluir