NALDOVELHO
O portão de madeira, o cachorro latindo,
muro de pedras tão cheias de limo.
Casa de forro, velha e abandonada,
cadeado na porta, janelas trancadas.
Um passado tão morto, a poeira e os cacos.
O meu quarto vazio, a vidraça quebrada,
eu me lembro de tudo, lembro até de você!
As paredes tão frias, o brilho nos olhos,
as águas deságuam, goteiras pra todo o lado.
O meu rosto molhado, o meu corpo calado,
o barulho da chuva, não consigo esquecer.
Só me resta sair, procurar um abrigo,
na esquina, no bar, procurar um amigo...
Mas nem bar eu encontro e está tudo mudado
e na esquina estranhos, está tudo acabado,
eu não moro mais aqui!
amei, mta poesia e sensibilidade
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