Cidade
nublada, madrugada tão fria,
já faz algum
tempo, não vejo o seu rosto,
não sinto o
seu corpo, não ouço a sua voz.
Cidade
trancada, o mês é outubro
e a primavera
chuvosa procura um caminho,
entre as ruas
concretas, para poder florescer.
Cidade
truncada, também é poema
e o nome é
desterro, sobrenome escolha,
algumas delas
erradas!
Lá mora a
distância entre o tudo e o nada.
Cidade
fragmentada, de sonhos, saudades,
de tantos
outros poemas, de tantos cacos, pedaços,
sentimentos
cristalizados que ainda doem espetados
no meu corpo
e em meus guardados.
Queria ser um
bruxo, fazer voltar o tempo,
ser um pé de
vento e assim ventar apressado,
voar como um
ser alado e ir pra junto de ti.
Nenhum comentário:
Postar um comentário