NALDOVELHO
Nas primeiras horas da
manhã,
janelas abertas, nuvens
compactas
e um vento frio e
abusado,
traz pra dentro do
quarto
cheiro de terra
molhada.
Na claridade da manhã,
chuva fina e
insistente,
travesseiro em silêncio
num canto da cama,
ainda desarrumada.
Nada de novo nas horas,
tudo é hoje como era
ontem.
Nada que mereça um
poema,
uma cantiga, ou mesmo
uma crônica.
O vazio dos dias, faz
tempo, me persegue
e a gastura não deixa
espaço para a inspiração.
Um café quente, um cigarro,
não sei até quando o
pulmão agüenta...
Melhor não pensar!
Lá fora os carros que
passam
constroem com a fumaça
um quadro cinzento,
estranho.
Cidade nublada, vazia
de sonhos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário