sexta-feira, 9 de setembro de 2011

NOSSAS TEIAS


   NALDOVELHO

   Pessoas envoltas em teias, em dramas,
   esquecem o caminho, se atritam nas tramas,
   e choram, reclamam, escondem seus rostos,
   e vão, nem sei onde, curar tanta dor.

   Quanto veneno injetado em meu corpo,
   o sangue anoitece e se arrasta no esgoto,
   e o rio acontece, corredeiras no mangue...
   Caminhos fechados, nem sei aonde vou.

   Volto pra teia e grito o Teu nome!
   Canto um mantra, quem sabe amanheço?
   Quem sabe acordo: primavera, setembro,
   janelas abertas e virei beija-flor?

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