NALDOVELHO
Pessoas
envoltas em teias, em dramas,
esquecem
o caminho, se atritam nas tramas,
e
choram, reclamam, escondem seus rostos,
e
vão, nem sei onde, curar tanta dor.
Quanto
veneno injetado em meu corpo,
o
sangue anoitece e se arrasta no esgoto,
e
o rio acontece, corredeiras no mangue...
Caminhos
fechados, nem sei aonde vou.
Volto
pra teia e grito o Teu nome!
Canto
um mantra, quem sabe amanheço?
Quem
sabe acordo: primavera, setembro,
janelas
abertas e virei beija-flor?
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