NALDOVELHO
Defendo mãos dadas
ao nascer do dia,
abraço apertado
por conta de chegadas,
brisa quente e
macia ao cair da tarde,
sorriso de criança
acariciando o coração,
noites tranqüilas,
cantigas que sobrevivam,
amores
aconchegados, amantes descarados,
com muito beijo na
boca e de preferência sem roupa!
lua cheia e
abusada a instigar o poeta
e versos sem rima
a desentranhar emoções.
Defendo mesa
farta, ternura nos olhos
e o carinho do
amigo promovido a irmão,
janelas
escancaradas, estradas tranqüilas,
respeito às
fronteiras: com sua licença Abdul,
seja bem vindo
Jacob, dá cá um abraço meu irmão,
um copo de vinho e
um pedaço de pão.
Defendo a verdade na
palavra empenhada,
a compreensão como
moeda de troca,
a caridade como
solução derradeira:
uma vara, o anzol,
e a isca,
e na beira do rio te
ensinei a pescar.
Defendo a família
consagrada e unida,
a palavra de Deus
se bem compreendida,
o branco, o negro,
o amarelo, o mestiço,
sêmen, suor,
sangue novo e sagrado,
o mistério da Sua Carne
reside no amor.
Defendo a palavra
e seus significados,
e as diferentes
escolhas, ainda que equivocadas,
os erros
assumidos, a chance de repará-los,
o aprendizado, por
certo, na multiplicidade de vidas,
Muitas são as moradas,
e a Misericórdia é um fato,
pois somos todos
filhos da Sua imensa Luz.
Defendo contigo, meu amigo Naldo.....
ResponderExcluirvamos fazer disso Lei para o resto de nossas vidas. Muito bonito seu poema.
Bjus