segunda-feira, 12 de setembro de 2011

O QUE EU DEFENDO!


   NALDOVELHO

   Defendo mãos dadas ao nascer do dia,
   abraço apertado por conta de chegadas,
   brisa quente e macia ao cair da tarde,
   sorriso de criança acariciando o coração,
   noites tranqüilas, cantigas que sobrevivam,
   amores aconchegados, amantes descarados,
   com muito beijo na boca e de preferência sem roupa!
   lua cheia e abusada a instigar o poeta
   e versos sem rima a desentranhar emoções.

   Defendo mesa farta, ternura nos olhos
   e o carinho do amigo promovido a irmão,
   janelas escancaradas, estradas tranqüilas,
   respeito às fronteiras: com sua licença Abdul,
   seja bem vindo Jacob, dá cá um abraço meu irmão,
   um copo de vinho e um pedaço de pão.
   Defendo a verdade na palavra empenhada,
   a compreensão como moeda de troca,
   a caridade como solução derradeira:
   uma vara, o anzol, e a isca,
   e na beira do rio te ensinei a pescar.

   Defendo a família consagrada e unida,
   a palavra de Deus se bem compreendida,
   o branco, o negro, o amarelo, o mestiço,
   sêmen, suor, sangue novo e sagrado,
   o mistério da Sua Carne reside no amor.
   Defendo a palavra e seus significados,
   e as diferentes escolhas, ainda que equivocadas,
   os erros assumidos, a chance de repará-los,
   o aprendizado, por certo, na multiplicidade de vidas, 
   Muitas são as moradas, e a Misericórdia é um fato,
   pois somos todos filhos da Sua imensa Luz.

Um comentário:

  1. Defendo contigo, meu amigo Naldo.....
    vamos fazer disso Lei para o resto de nossas vidas. Muito bonito seu poema.
    Bjus

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