quarta-feira, 24 de agosto de 2011

O QUE EXISTE EM MIM

   NALDOVELHO

   A água que existe em mim
   é como o tempo que escorre da fonte
   e que gota a gota alonga horizontes.
   E a vida vira leito de um rio
   que em seu curso inventa caminhos,
   e um dia eu vou desaguar em algum canto,
   tomara Deus num outro rio,
   ou quem sabe eu possa ser água do mar.

   A vida que existe em mim
   é como o vento inquietante e estranho,
   que a cada dia derruba fronteiras.
   E o tempo vibra num emaranhado de fios
   que se esticados conduzem a caminhos
   que um dia vão me levar a algum canto,
   tomara Deus possa ser bem mais próximo,
   quem sabe eu possa tentar outra vez.

   O tempo que existe em mim
   é como um ser que se alimenta de sonhos
   e por conta deles desconheço barreiras.
   E a vida vira um semear sem fronteiras,
   e a cada passo eu descubro verdades
   que um dia vão me levar a algum canto,
   tomara Deus possa ser como obreiro,
   quem sabe eu possa semear por Você.

   O sonho que existe em mim
   é como luz que permeia o que eu faço
   e por conta dela aprimoro meus passos.
   E a vida vibra num amanhecer feito em festa,
   e a cada passo é mais um que desperta,
   e não há nada que quebre este encanto,
   tomara Deus continuar sendo um rio,
   matar tua sede, te dar de comer. 

6 comentários:

  1. E este jeito de poetar, me encanta, amigo... A vida é assim, água que segue seu curso indo de encontro ao oceano, e no caminho vai colhendo vivências boas ou más, que importa sempre nos leva a um aprendizado, sempre contribui pra nossa evolução. Obrigada pela partilha e delicadeza de escrever. Beijinhos, querido amigo.

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  2. Gente, maravilhoso, Naldo Velho, encantando-nos cada dia mais com sua poesia, toca em mim de maneira muito especial, bem lá no fundo do coração...grande beijo!

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  3. Será que este sonho ainda existe em mim?
    Lindo, meu amigo!

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  4. O que existe dentro de você, Grande Bardo, é a mais pura e nobre poesia!
    Abraços
    rosangelaSgoldoni

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  5. Maravilhoso!

    Perfeito,todos os elementos em fusão no humano que se torna elemental!

    Bravo meu poeta!

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