NALDOVELHO
Estranha criatura
que me habita a clausura,
que traz marcada na fronte
os sinais de tanta loucura,
mostra a cor dos teus olhos,
injeta em meu corpo a peçonha,
desentranha de mim a ternura,
descortina o ser que ainda sonha,
faz-me quebrar a vidraça,
arrombar a porta da rua,
sentar no banco da praça...
Quem sabe a coragem se exponha
e me faça sorrir sem-vergonha?
Quem sabe a esfinge que grita
no fundo do poço que habita,
possa enfim revelar meus mistérios?
Quem sabe o homem que eu penso
seja, então, levado a sério?
Quem sabe a criança que dorme
possa acordar deste sonho
e ser muito mais que eu proponho?
Criatura estranha
que guarda preciosos guardados,
que traz marcada na fronte
a inquietude dos poetas,
mostre-me a força do seu verso,
quem sabe eu consiga entender?
A força do verso já é demonstrada na beleza do poema.
ResponderExcluirParabéns, Naldo!
Tanta esperança há no coração do maravilhoso poeta...Lindo, Naldo, bjs
ResponderExcluirLindo poema, cheio de muita esperanças no coração de um poeta cheio de amor para nos transmitir.Parabéns!!
ResponderExcluirPoeta divino!
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