NALDOVELHO
Cartas abertas descortinam segredos,
revelam enredos, alguns indecentes.
A dama de copa seduziu o valete
que de espada em punho assumiu o poder.
O rei aturdido e em fuga ferido,
da dama de espada foi se socorrer.
O valete de ouro perdeu seu tesouro,
do exílio reclama o direito ao seu trono
e na calada da noite refaz os seus planos,
quem sabe outro rei possa lhe favorecer?
De longe os arcanos, a tudo, assistem,
maiores que são na arte que existe
e tramam e tramam, e nem sabem o porquê.
O Eremita sentado, sabiamente ensina,
e convence o louco a se proteger.
A torre em ruínas não é mais segura,
e o enforcado coitado, não tarda a morrer.
E o diabo sorridente colhendo os frutos,
cartas indecentes do jogo do poder.
O mago inventa um paraíso distante
e diz para o povo acreditar no consolo
que um mundo melhor possa lhes conceder.
Cartas abertas revelam perigos!
Enamorados distantes vagam carentes
e o mundo descrente assiste assustado
o povo faminto tomar o poder.
Esse jogo não é muito diferente do que vivemos,um seduz o outro,outro fogem feridos,outros reclamam seu trono,eu estou pensando assim,espero estar certa,nesse jogo de poder,adorei sua poesia amigo Naldo,abraço
ResponderExcluirAdorei Naldo Velho, sou curiosa das cartas, adoro,rs.Muito bom o poema,abs
ResponderExcluirLindo como tudo o que vc escreve. Parabéns!!!Bjs.
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