NALDOVELHO
Há dias em que a poesia,
como água, escorre entre os dedos
e em silêncio recusa os enredos,
gasturas que a vida nos traz.
Dias de calmaria,
nascidos na indiferença dos tolos,
alimentados pela inutilidade das horas,
plenos de nem sei bem o porquê.
Há dias em que o coração
desgastado pela dança do tempo,
sussurra frases vazias
e já nem quer saber até quando.
Dias de recolhimento e clausura,
por achar que depois daquela porta
as pessoas anestesiadas não percebem
a dor que lhes fustiga a alma.
Há dias que acontecem nublados,
ausência de chuva ou de vento,
onde até o sol vai-se embora
antes do entardecer.
Dias e noites vazias
e o coração do poeta nem se importa,
já não quer saber até quando,
ou se amanhã o sol vai nascer.
Há dias... Melhor esquecê-los!
Dias que na verdade não contam,
estiagem estranha de um louco
que de repente recusa o sonho.
Há dias em que a poesia,
como água, inunda o poeta,
que mesmo contra sua vontade, sobrevive!
Só não sei dizer até quando!
Dias em que a poesia escorre da mente, passa pelas veias, alcança a mão e se reflete na tela, dias em que a tristeza e o vazio e a solidão são alimento pro infinito da poesia, dias em que o poeta se sente no chão, se ressente do tempo e escreve as loucuras da sua alma cansada da vida que um dia o tragará, mas sua poesia ficará. Grande Naldo Velho, bjs!
ResponderExcluirMA RA VI LHO SO!! Amei, querido poeta e amigo!! Bjus SOL
ResponderExcluirQuando o coração fica "desgastado pela dança do tempo" tudo pode acontecer....Mas, o coração do poeta sempre renasce, mesmo "contra sua vontade, sobrevive." É a poesia dentro do ser ou ser que pura poesia...sei lá! Amei, meu amigo poeta! Vc tem esse carisma e esse talento de poetar sobre tudo que a vida apresenta aos seus olhos e a sua alma poética...Forte abraço meu amigo Naldo Velho
ResponderExcluirMuito bom! Amei também!
ResponderExcluirHá dias, oh Deus!
Dias de clausura em verbos, substantivos e adjetivos
Dias que nem a chuva lavando umidece a alma
Dias de seca em sol plangente e alucinador
Dias de morte
Dias de jogo e azar na sorte
Dias que beirando o arrebol
uma tempestade de tormentas, escurece o cristalino olhar
Há dias que o bardo das sombras
estremece em velocidade luz sua derradeira canção de amor.
Enquanto existirem os dias, haverá poesia!
ResponderExcluirBelos versos!
Parabéns, Naldo!
Abraços
rosangelaSgoldoni
Maravilhoso começar um domingo lendo Naldo Velho! Bjs meu poeta/amigo querido.
ResponderExcluirEurídice
Muito bom amigo.
ResponderExcluirHoje estou meio assim...
Bjs
Uly Riber
Há dias que nos fechamos em silencio ,seca o amor,seca as palavras,deixando tudo morto e desunido para sempre,excelente poema amigo Naldo abraço.
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