NALDOVELHO
A alma que eu tenho caminha
por trilhas que sequer foram abertas,
por trilhas que sequer foram abertas,
clareiras, sagradas descobertas,
e por lá colhe sementes de sonho,
ervas, preciosos remédios,
coisas cristalinas verdades,
algumas ainda não entendo,
outras nem sei como contar.
Muitas são as prendas que trago
e eterno é o tempo que tenho;
quem sabe eu possa lhe mostrar?
Às vezes ela caminha
lado a lado com a inquietude
e chora em silêncio entre escombros,
lamenta portas e janelas fechadas,
muros de pedra, portões de ferro e cadeados,
grades pra todo o lado,
e as pessoas prisioneiras de um tempo
onde a felicidade a qualquer preço
é a inconsciência que costumam demonstrar.
E aí eu invento um poema,
um caminho de palavras "fazedeiras"
que possam ser para os cadeados a chave
a permitir a libertação do sorriso
e a nos trazer ares de delicadeza,
pois o tempo que eu preciso e sonho
é fruto de um caminho suave
onde a compreensão possa nos alcançar.
Minha alma caminha atenta
e adquire em sua trajetória bagagens,
coisas preciosas que ensinam
que o tempo certo é o sempre
e que a cada dia eu renasço
num outro trecho da estrada
e por lá espalho sementes de sonhos;
quem sabe vocês possam me ajudar a cultivar?
É verdade nunca é tarde para sonhar
ResponderExcluirE também realizar.
Querido amigo Naldo
ResponderExcluirtens uma alma linda, generosa que por onde passa
vai semeando letras, palavras e rimas e nos presenteia
a cada dia, tornando o nosso caminho mais suave,
mais humano e mais florido. Feliz dia do poeta!
Beijinhos
Naldo, são versos de uma alma bela que se completa em poesia.
ResponderExcluirMuito profundo!