NALDOVELHO
As mulheres daquela rua...
Dizia o pai, professorinhas!
Ensinavam o “b a ba”,
o “dabliou”, o “ipisilone”.
Tinha uma mais novinha
a quem fiz juras de amor.
E ela dizia, assim, baixinho:
eu sou o mel de um beija-flor.
As mulheres daquela rua,
ainda as guardo na memória,
tão bonitas, tão morenas,
tão sozinhas, tão aflitas.
Lembro a ordem de despejo.
Nunca mais Maria Rita!
Hoje, a rua é de passagem
e as pessoas que por ali passam
não percebem, nem se importam,
casas frias e vazias.
Ainda guardo o seu cheiro
e a maciez dos seus cabelos.
Nunca mais fui bom aluno,
nem brinquei de beija-flor.
As mulheres daquela rua...
Dizia o pai, professorinhas!
Ensinaram muitas coisas,
a um aprendiz de amor e dor.
Como me intero que este poema, fui professorinha e ainda sou....com 14 anos havia terminado o magistério,no interior de Goiás ,onde nascei:Orizona-Go,mais logo me casei e vim morar em Goiânia-Go....sabe o que me aconteceu,mesmo menor,fui convocada para ser diretora do maior colégio:Liceu de Goiânia,naquela época,por ter casado,mesmo menor,mais já fazia faculdade...lindo mesmo...boa tarde e ontem foi dia do escritor, parabéns!shalom
ResponderExcluirAs professoras são a primeira referencia que recebemos do mundo la fora,osso primeiro laço e contato.É impossível não admirar e amar essas criaturas!Muito bem colocado seu poema,contou uma linda estoria com poucas palavras!Parabéns!Beijos!
ResponderExcluirQue belezura de poema, a lembrança bucólica de nossas primeiras paixões, sempre maravilhoso Naldo Velho, mto obrigada por mais esta pérola, bjs
ResponderExcluirQue beleza de poema, meu amigo!!!
ResponderExcluirMuitos abraços
Jorge