A corda bamba esticada
e uma sombrinha colorida
a manter meu equilíbrio.
O elefante empacado
não anda nem desanda.
O tigre de bengala,
a leoa desdentada,
o trapezista que se lança
num vôo cego e arrojado.
Uma pirueta, um salto mortal,
o palhaço faz careta
e diverte a garotada.
A mulher que engole fogo,
pipoca, algodão doce...
A bailarina se contorce
ao som de um minueto
e o amor que tu me tinhas
era pouco e se acabou.
Já não sou uma criança
e a danada da esperança
foi embora com o circo.
Outros rumos, outra estrada,
e eu aqui sem paradeiro
preso ao som de uma risada.
Um minuto de silêncio,
aqui jaz Seu Serafim,
poeta e domador,
abandonou vida de artista
por conta de um grande amor,
o nome dela: Eleonora,
mulata salseira e atrevida,
logo saltou de banda,
largou o pobre na lona,
arriado num beco escuro,
a cara cheia de cachaça
e uma dor que não tem fim.
Saudades dos saltimbancos
e da leoa desdentada,
o nome dela: Florisbela.
Adorava escutar meus versos,
ronronava e pedia bis.
Já não tem mais brincadeira
e o espetáculo terminou,
quem quiser que conte outra,
pois o tempo desta prosa
escoou pelos meus dedos,
feito água fria e clara
de um pote de esperanças
que um desastrado derramou.
Muito bom, meu amigo!!!
ResponderExcluirGrande abraço
Jorge
Era tão boa a magia do circo, deu pra relembrar meus tempos de criança. Belezura de versos! Abreijos, guida
ResponderExcluirGente! Que emoção boa essa de circo...me fez lembrar demais da minha infância...pois foi uma diversão que mais frequentava. Meu pai sempre tinha o capricho de guardar o dinheiro, para pagar a nossa entrada. Ah, meu amigo Naldo! Só você, para me fazer reviver esses lindos momentos. Obrigada por ter essa arte tão divina...e que emociona. Uma bela tarde de domingo.
ResponderExcluirAbraços.
O Circo além, quem sabe aquém, de suas magias.
ResponderExcluirParabéns mais uma vez, Naldo!
CIRCUS
ResponderExcluirNALDOVELHO
The tightrope stretched
and the colorful umbrella
you it keep my coining press.
The elephant stuck
does not walk nor separates.
The Bengal tiger,
the Leone toothless gums,
the trapeze artist who throws
in the blind and dashing flight.
The tailspin, the deadly jump,
the clown donate grimace
and entertains the kids.
The woman who swallows fire
popcorn, cotton candy...
The writhing ballerina
you it the sound of the minuet
and the love that you had me
was little and overnight market.
I'm not to child
and the when hope harmed of
went away with the circus.
Other directions, another road,
and I here without whereabouts
stuck you it the sound of the laugh.
Her draft s silence,
Here lies Your Seraphim,
Buster and poet,
abandoned life of artist
on behalf of the great love,
her name: Eleonora,
mulatto sauce-boat and sassy,
soon jumped from band
dropped the poor in canvas,
when the dark alley was lowered in,
the face full of rum
and the pain that is in the end.
Longings of Highway robber
and Leone toothless gums,
her name: Florisbela.
Enjoyed listening you it my are,
it was purring and ask it will be encore.
Longer is that it lives that it falls in love
and the show ended,
Anyone who is another,
Since the team this proses
leaked through my fingers,
made clear and cold water
the pot of hopes
the fumbling shed.
Translation into English by Marlene Nass.
CIRQUE
ResponderExcluirNALDOVELHO
La corde raide tendue
et le parapluie coloré
vous il garder mon presse manufacture.
L'éléphant coincé
ne pas marcher ni se sépare.
Le tigre du Bengale,
les gencives édentés Leone,
la trapéziste qui lève
dans le vol aveugle et fougueux.
La dégringolade, le saut mortel,
le clown Don grimace
et divertit les enfants.
La femme qui avale le feu
maïs soufflé, cotton candy...
La ballerine entortillée
vous il le bruit de la Menuet
et l'amour que vous m'avait
peu et le marché du jour au lendemain.
Je ne suis pas à l'enfant
et le moment espérons préjudice de
s'en alla avec le cirque.
Autres directions, un autre chemin,
et moi sans les allées et venues
vous coincé il le bruit de l'éclat de rire.
Son silence s de projet,
Ici se trouve votre Seraphim,
Buster et poète,
abandonné la vie de l'artiste
au nom de la grand amour,
son nom : Eleonora,
mulâtre saucière et sassy,
bientôt a bondi de bande
a largué les pauvres dans la toile,
Quand la ruelle sombre a été abaissée
le visage plein de rhum
et la douleur qui est en fin de compte.
Désirs de voleur de la route
et les gencives édentés Leone,
son nom : Florisbela.
Aimé vous écouter il mon sont,
Il a ronronner de plaisir et demander il sera encore.
Est plus qu'il vit qu'il tombe amoureux
et le spectacle se termine,
Toute personne qui en est une autre,
Depuis l'équipe cela proses
une fuite dans mes doigts,
a l'eau claire et froide
le pot de l'espoir
le hangar de maladresses.
Traduction en Français par Marlene Nass.
O circo e suas estradas, bagagens, caminhos e descaminhos, quem sabe o destino ....
ResponderExcluirParabéns, Naldo!
Sempre belo!
Querido poetamigo...o maior espetáculo da terra, que elevava nossos olhares de alto a baixo, do trapezista ao domador, com as brincadeiras dos palhaços, sob o encantamento do mágico, era um mundo lúdico cheio de esplendor...agora apenas uns poucos sobreviveram....até quando? Abreijos, guida
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