NALDOVELHO
Na marcha angustiante do tempo,
vento que venta apressado
e revira meus guardados,
coisas espalhadas por todo o quarto.
Prefiro brisa macia,
prenúncio de calmaria,
relógios guardados,
de preferência quebrados,
no fundo de uma gaveta qualquer.
Preciso caminhar nostalgia,
respirar mansamente poesia,
manhãs sonolentas de outono
e quem sabe ficar ao teu lado?
Não quero a espera nervosa
por um trem que só vive atrasado,
chegadas, partidas, começar de novo,
sabendo antecipadamente do meu fim;
prefiro o silêncio dos inocentes
e a eternidade daquele instante.
Quero a madrugada complacente,
e a cumplicidade desta vida,
lua cheia e desinibida,
um café tomado sem pressa
com música suave ao fundo.
Quero tardes mornas e chuvosas,
com cheiro de terra molhada,
caminhar despreocupado pelas ruas,
sem medo de te perder.
Não quero a lágrima disfarçada
em poemas escritos saudosos,
ainda que sejam tão belos,
sangram toda vez que eu tento
cicatrizar feridas antigas,
mesmo que eu tenha feito por merecer.
Grande poeta,seus versos falam
ResponderExcluirprofundamente á alma.
Não quero a espera nervosa
ResponderExcluirpor um trem que só vive atrasado,
chegadas, partidas, começar de novo,
sabendo antecipadamente do meu fim.""" BRAVO POETA!
Lindo, Naldo!! Parabéns e que Deus te conserve!!
ResponderExcluirDelicia ler suas poesias!Seus versos mesclam sentimentos , amor, romantismo, paixáo, intensidade!meu carinho.
ResponderExcluirheloisa crosio