sábado, 6 de agosto de 2011

ESQUINAS

   NALDOVELHO

   Quinas, esquinas, ruas transversas,
   vias expressas, paralelas, complexas.
   Os carros se apressam, correria tamanha,
   cidade truncada, sitiada e insana.

   A sirene, o sinal, o aviso é vermelho.
   Navegar eu preciso, descobrir o segredo,
   decifrar o enigma que eu vi em seus olhos,
   renovar o meu pacto, exorcizar meus demônios.

   Se eu seguir por esta rua vou morrer numa praça,
   se eu dobrar a esquina vou cair em desgraça,
   se eu romper a fronteira vou virar um estranho,
   se eu ficar onde estou, naufragar em enganos.

   E o relógio avisa, já não há muito tempo,
   e o amor que eu tinha viajou pra bem longe,
   só deixou de presente um retrato e uns discos,
   e eu nem tenho vitrola, ainda assim eu os guardo.

   Ainda tenho os poemas que eu teimo e que choro,
   ainda tenho alguns quadros, luminosos matizes
   e uma sede danada, quem sabe um conhaque?
   E a inquietude ainda mora lá dentro de mim.

   Quinas, esquinas, o bairro onde eu moro
   tem uma via expressa, complexa, estranha.
   Se eu romper a fronteira vou virar um estranho,
   navegar eu preciso, ainda que, em sonhos.

5 comentários:

  1. Corners.

    NALDOVELHO


    Corners, corners, streets, processes,
    expressways, parallel, complex.
    The cars would be in such a hurry,,
    truncated city, besieged and insane.


    The siren, the sign, the warning is red.
    Browse I need, to discover the secret,
    deciphering the riddle that I saw in your eyes,
    renew my Covenant, exorcise my demons.


    If I follow this Street will die in a square,
    If I bend the corner I'll fall into disgrace,
    If I break the border will turn a stranger,
    If I stay where I am, wrecked in deception.


    And the clock warns, already not too long ago,
    and the love that I had traveled so far,
    just left of this a picture and some discs,
    and I don't have wears, still I keep.


    I still have the poems that I I persist and that cry,
    I still have a few frames, luminous hues
    and a damaged headquarters, who knows a Cognac?
    And anxiety still lives inside of me.


    Corners, corners, the neighborhood where I live
    have an expressway, complex, strange.
    If I break the border will turn a stranger,
    Browse I need, even though, in dreams.


    Translation for English by Marlene Nass.

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  2. Coins.

    NALDOVELHO


    Coins, coins, rues, processus,
    en parallèle, complexe de voies rapides.
    Les voitures seraient tellement pressé,,
    ville tronquée, assiégée et folie.


    La sirène, le signe, l'avertissement est rouge.
    J'ai besoin, pour découvrir le secret, de parcourir
    déchiffrer l'énigme que j'ai vu dans tes yeux,
    renouveler mon alliance, exorciser mes démons.


    Si je suivre cette rue vont mourir dans un carré,
    Si j'ai plier le coin que je vais tomber en disgrâce,
    Si rompre la frontière transformera un étranger,
    Si je reste où je suis, fait naufrage en tromperie.


    Et l'horloge met en garde, il n'y a déjà pas trop longtemps,
    et l'amour que j'avais voyagé jusqu'à présent,
    juste à gauche de cette une image et quelques disques,
    et je n'ai pas porte, toujours garder.


    J'ai encore les poèmes que je je persiste et que pleurer,
    J'ai encore quelques cadres, des teintes lumineuses
    et un siège endommagé, qui connaît un Cognac ?
    Et anxiété vit toujours à l'intérieur de moi.


    Coins, coins, le quartier où j'habite
    avoir une autoroute, complexe, étrange.
    Si rompre la frontière transformera un étranger,
    Parcourir le que besoin, même si, dans les rêves.


    Translation de Français par Marlene Nass.

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  3. Meu querido amigo...que esta inquietude não passe nunca, para que a cada esquina vc nos brinde com mais versejos...uma noite repousante e sonhos de verão...abreijos, guida

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  4. É a realidade atual, com essa correria insana que consome a nossa essência, amores e amigos. Mas, navegar é preciso....vamos que vamos, seguindo na vida...Muito bom, amigo Naldo Velho! Abraço carinhoso.

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