Quando a poesia se cala,
flores murcham nos jardins,
galhos secos, retorcidos,
não mais voa o colibri
e seu ninho abandonado
já não se presta mais a nada.
Quando a poesia se cala,
amanhece e o sol desanimado
dá a vez a nuvens escuras,
tormentas no horizonte,
sinal de derrota, loucura,
mordaças permitidas, clausura.
Quando a poesia se cala,
anoitece e a lua surge nublada,
sombria, medrosa, acovardada;
as noites ficam estranhas,
janelas e portas trancadas...
Teias intrincadas tecidas por uma aranha.
Quando a poesia se cala,
livros são queimados nas praças,
pensamentos censurados antes que nasçam,
vira verdade o que antes era mentira,
e transformam em mentira
duras e amargas verdades.
Quando a poesia se cala,
loucos tiranos brindam ao desespero,
taças cheias do vinho da insensatez
e a guerra vira o único caminho,
infiéis, passaremos todos pelo fio da espada,
e o poeta calado não dirá NÃO!?
Ainda bem que existe você para nunca deixar o silêncio invadir o universo!A poesia haverá de gritar sempre mais alto. Beijo Poeta!
ResponderExcluirQuando a poesia se cala, é porque as dores ultrapassaram a capacidade da escrita...
ResponderExcluirmuito triste, amigo, muito atual e real seu poema. Beijinhos
Um perfeito relato do que seria o mundo sem a poesia. Sem os sonhos da poesia. Penso que seria bem assim mesmo meu amado amigo Naldo.
ResponderExcluirE que a voz da poesia nunca se cale, para que nunca possamos ver o mundo sem cor e sonhos.
Uma bela noite e grande abraço.
ADOREI PARTICIPAR DO SEU BLOG.UM ABRAÇO,ELIS
ResponderExcluirInfinitas gracias querido y admirado poeta por concedernos el privilegio de sumergir nuestra alma en el bello manantial de tus versos. Muchos besinos y feliz inicio de semana te deseo con inmenso cariño.
ResponderExcluirSempre belíssimos e inspirados! Parabéns e obrigada por indicar seu trabalho. Beijos saudosos, Luli
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