quarta-feira, 24 de agosto de 2011

O SONHO QUE EU SONHEI


   NALDOVELHO

   A cor do sonho que sonhei
   tinha a exuberância de um céu azul rei
   e era salpicado de branco em nuvens esparsas
   que ao entardecer assumiam tons contundentes
   do amarelo a um inusitado dourado.
   Memórias que eu guardei!

   A melodia do sonho que tive,
   soava em cordas profanas,
   violinos, guitarras ciganas,
   e era quente, misteriosa e envolvente,
   vibrava e eriçava os pelos.
   Memórias do meu desespero!

   E ao acordar feito fera no cio,
   um cheiro impregnava meu quarto,
   e era ardido de suor e perigo,
   que fazia da razão quase nada,
   difícil de se esquecer!

   O sonho que só eu tive,
   foi dolorido de prazer convulsivo,
   tinha pele branca, sardenta e macia,
   tinha seda pura a envolver nossos corpos,
   que teimavam em permanecer enlaçados,
   aprisionados por tanto querer.

2 comentários:

  1. Coisa mais linda, Naldo Velho, um bálsamos para minha sensível alma de poeta, parabéns, bjs

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  2. Se superou, meu amigo Naldo Velho, um espetacular poema de amor! Amor sonhado, com gosto de saudade e de dor. Amor ausência, amor desilusão, mas que permaneceu intacto nas lembranças do coração. Bonito demais,amei de paixão. Parabéns! Felicidades meu amigo. Forte e carinhoso abraço

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