NALDOVELHO
Portas fechadas, ruas desertas,
nenhuma conversa, janela entreaberta,
silêncio inquietante em quarto minguante,
e o meu telefone se toca, é engano.
Cidade vazia, distante e perversa,
sobrou o perfume e um livro estranho:
“Cidade dos Anjos, Caídos, Sem Sonhos,
Que de Asas Cortadas Não Ousam Voar”.
E na madrugada vazia de planos
sobrou um poema de versos profanos,
e um bolero arrastado, um blues e um tango
avisam que o dia ainda custa a chegar.
E mais uma dose de pura aguardente,
a sede que eu tenho já faz tantos anos,
cicatrizes que eu trago, a maioria latentes,
algumas ardidas ainda sangram se toco,
outras antigas, exibidas nos olhos,
vez por outra ainda choro
se insisto em lembrar.
Scars.
ResponderExcluirNALDOVELHO
Doors closed, streets deserted,
No conversation, window ajar,
silence unsettling fourth withering,
and my phone rings, it's cheating.
Empty city, aloof and perverse,
left the perfume and a strange book:
"City of angels, Fallen, Without dreams,
Cut wing who dare not Fly ".
Empty and early plans
left a profane verse poem
and a bolero dragged, a blues and tango
warn that day still hard to get.
And one more dose of pure spirits,
the seat that I have been so many years,
scars that I bring, most dormant,
some still bleed if burnt stump,
other former, displayed in the eyes,
time for yet another crying
If I remember.
Translation into English by Marlene Nass.
Cicatrices.
ResponderExcluirNALDOVELHO
Portes fermées, les rues désertées,
Pas de conversation, fenêtre entrouverte,
garder le silence troublant de withering quatrième,
et mon téléphone sonne, c'est tricher.
Ville vide, distant et perverse,
à gauche le parfum et un livre étrange :
« Ville des anges, Fallen, sans rêves,
Couper les ailes qui n'osent pas voler ".
Vides et premiers plans
un poème poésie profane à gauche
et traîné sur un boléro, un blues et tango
avertir ce jour-là encore difficile à obtenir.
Et une dose plus de purs esprits,
le siège que j'ai été de nombreuses années,
les cicatrices que j'apporte, dormants plus,
certains encore saignent si burnt stump,
autres anciens, affichées dans les yeux,
temps pour pleurer encore une autre
Si je me souviens.
Traduit de Français par Marlene Nass.
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ResponderExcluirHá vidas de gaudios. Há vidas que sangram...
As vidas são feitas de elipses: cheias de altos e baixos...
Alguns poemas conseguem passar a dor que as palavras contam,
mesmo as palavras que falam de fictas dores...
Poemas são dores como pílulas douradas... ou placebos, simplesmente placebos.
Mais uma belo poema para um baú de preciosidades!
Como se diz aqui em Minas, mais um "tirambaço" daqueles que deixam a gente tonto de tanto encantamento. Magnífico, Poeta!!!
ResponderExcluirCaro amigo,e grande poeta
ResponderExcluirseus versos de infinita profundidade
traz-me sempre grandes emoções.
Em seu peito,em sua alma
carregas perpétuo amor pela
poesia que derrama na folha
de papel,tranformando-a em vida.