NALDOVELHO
Certa feita nas fundezas da
noite
vi meu corpo sofrido no açoite
e eram tantos os chicotes do
tempo,
que fatiavam os meus
pensamentos.
E vi no chão muitos restos,
cascalhos,
poeira de pedra, projeto de
ser.
Depois vi um rio de águas barrentas
levar pra bem longe este meu
sofrimento.
Hoje, passado um tempo de
espera,
lapidado nas águas, renascido
nas pedras,
quando eu me olho no espelho ainda
acho
que continuam faltando
pedaços.
Parabéns Ronaldo. Bela Poesia.
ResponderExcluirAbraços fraternos do amigo Paulo Resende.