quinta-feira, 8 de setembro de 2011

NAQUELA CASA


   NALDOVELHO

   Naquela casa,
   por todos os cantos e lados
   a vida pulsava febril.
   As paredes, como quê, respiravam
   e em certos cômodos,
   de seus poros, jorravam
   nascentes cristalinas,
   e em igarapés circulavam
   versos molhados de sonhos,
   que vazavam por janelas e portas
   e inundavam todo o jardim.

   Naquela casa
   eu vi crescer meus pendores,
   aprendi sobre a palavra saudade,
   e chorei a inocência perdida
   ao descobrir a palavra verdade...
   e que por todos os cantos e lados
   viviam numerosos fantasmas,
   alguns ainda vivem comigo,
   outros amanheceram, faz tempo,
   vez em quando sonho com eles,
   acenando felizes pra mim.

3 comentários:

  1. Eba!!! Naquela casa alaranjada pelo sol nascente, é o poente, a vertente, Mgia do riso contente.Florida, nascida de toda essência das coisas que moldaem coração doçura perfumada de sabor, amor caliente.

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  2. Naquela casa eu vi você.
    Eu vi você carregado dos sonhos e fantasmas hibernais,que,se acotovelavam e faziam um discurso vadio de um rei. Um rei ilusório, fictício, esquizofrêncico, mas, acima de tudo um menino amado, decorado com a divina luz. Então, resolvi abrir mão do cetro para que a coroa iluminasse o jardim e perfumasse o amanhã.
    Uauuuuuuuuu...

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