NALDOVELHO
Corte em carne viva,
sangra toda vez que eu toco
e eu nem sei como evitar.
Luz que alucina
e invade o meu quarto,
intrusa em meus sonhos.
Veneno que vicia,
tempestade e calmaria,
já nem sei mais navegar.
Se em tuas teias eu me acabo;
quem sabe, então,
a dor que eu sinto,
seja o melhor remédio
e cicatrizadas os cortes,
eu pare de sangrar?
Deixe-me dormir no abandono,
retira do meu corpo tuas marcas,
tuas garras, tuas farpas,
e ainda que eu chore
e te implore, não volte...
Até que eu perca o medo
de naufragar.
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