NALDOVELHO
Acredito em
gnomos,
fadas,
dragões e duendes,
em princesas
aprisionadas,
castelos de
areia, cavalos alados
e casas mal
assombradas.
Feitiço
feito, e bem acabado,
com veneno
ardido de serpente,
difícil de
curar!
Acredito na
magia
que a estrela
da manhã
nos deixa ao
raiar do dia
e sempre pago
pra ver!
Que remédio,
sou poeta!
Acostumado a
crer em coisas
que ninguém
mais consegue ver.
Acredito no
amor,
no ciclo
eterno das águas,
em mandalas
feitas sem pressa
que o vento
desmancha ao entardecer.
Acredito até
em sereia!
Dia desses,
nem faz muito tempo,
segui o
rastro de uma,
lá pras
bandas de um estranho rochedo
mareado pela
força do mar.
Até hoje
busco catar os cacos
e
pacientemente emendá-los.
Que remédio,
sou um tolo!
Repito, um
poeta!
Acredito até
em você!
E eu acredito em poemas. E nas coisas que os teus me contam. Lindo texto.
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