NALDOVELHO
Chuva que chove
por dentro,
vidraça embaçada
por fora
e um vento
virado do avesso
derrama meus
sentimentos.
E a esfinge se
ajoelha e chora,
segredo revelado
faz tempo,
e o homem
apressado nem olha,
não há nada de
novo nas horas.
Um menino
sofrido e sozinho,
beija-flor
afogado no mangue,
a roseira que eu
trago comigo
tem espinhos
manchados de sangue.
Um cão
pachorrento implora
pelo fogo do
firmamento,
pois é lenta a
marcha das horas,
soterradas nos
constrangimentos.
E um tango
ardido me chama,
nostalgia que eu
temo se assanha,
luz da lua
machuca as entranhas,
magia passional
e profana.
Agora chove aqui
dentro e lá fora
e no derrame dos
meus sentimentos,
jorram versos
que eu ouso e penso,
são poemas
virados do avesso.
Beija-flor
afogado no mangue.
Adorei seu blog!! Bjus SOL
ResponderExcluirMuito bom. Voltarei sempre ! Meus parabéns poeta, acredito que vou aprender muito andando pro aqui. Grande abraço
ResponderExcluir