NALDOVELHO
E existe aquela janela
que por mais que te pareça estranho
eu teimo em deixar sempre aberta.
e um vento frio e arruaceiro
espalha coisas pelo quarto,
e faz lembrar de um tempo
onde a vontade de sorrir era maior
do que a necessidade de chorar.
E minha alma a perambular pela casa
vai até a cozinha, toma um café,
caminha até a sala, fuma um cigarro,
atravessa a porta e num quintal abandonado
faz cantigas de amor e saudade.
por ruas que não mais existem
e a assombrar esquinas, hoje, desertas...
quando o sol desperta
e traz de volta a alma do poeta
para dentro daquela casa
onde existe aquela janela
e é por ela que o dia me invade,
e diz que é hora de recomeçar.
.
ResponderExcluirEsse personagem dos seus poemas tem um pouco de cada um de nós, homens/poetas na quadra outonal de nossas vidas... Entulho de guardados e lembranças que ficam a espreita para invadir nossos pensamentos.... Poderiam parecer assombrações, não fossem o milagre do estro, o verso e a poesia... Um poema muito bem construído por um exímio artesão da palavra.
Bom dia caro poeta com paz e amor... permita-me:
ResponderExcluirTrilhar este caminho onde a pesia se esparrama pelo chão como um tapete onde dá uma votade ouca da gente deitar e rolar é a melhor coisa do mundo, belo trabalho, obrigado pela doação, paz ao teu coração e seja feliz!
Soul-Slot.
ResponderExcluirNALDOVELHO
And there is one window
that as much as te seems strange
I I persist in letting always open.
For her nightly birds invade
and a cold wind and rowdy
spreads things by room
Brings the smell of wet land
and reminds of a time
where the will to smile was greater
than the need to cry.
And my soul to wander around the House
goes to the kitchen, take a coffee,
walks up to the room, smokes a cigarette,
through the door and a backyard abandoned
makes songs of love and longing.
Then leaves the city to wander
by streets that no longer exist
and haunt corners today deserted ...
And the nostalgia just ends
When the Sun awakens
and brings back the soul of the poet
for within that House
where there is one window
and is it the day I invades,
and says that it's time to start over.
( Translation for English by Marlene Nass.)
Soul-Fente.
ResponderExcluirNALDOVELHO
Et il y a une fenêtre
qui te semble étrange comme
Je que je persiste en laissant toujours ouverte.
Pour ses oiseaux nocturnes envahir
un vent froid et rowdy
se propage les choses par salle
Amène l'odeur des terres humides
et rappelle un temps
où la volonté de sourire était plus grande
la nécessité de pleurer.
Et mon âme se promener autour de la maison
va à la cuisine, prendre un café,
promenades à la Chambre, fume une cigarette,
grâce à la porte et une arrière-cour abandonné
rend les chansons d'amour et de la nostalgie.
Puis quitte la ville à errer
par les rues qui n'existent plus
et de hanter les coins aujourd'hui désertés...
Et la nostalgie se termine juste
Quand le soleil se réveille
et ramène l'âme du poète
pour dans cette maison.
lorsqu'il y a une fenêtre
et c'est la journée j'envahit,
et affirme qu'il est temps de allouer.
(Traduction en Français par Marlene Nass.)