NALDOVELHO
Pelo menos uma vez
versos plenos de inutilidades;
que não falem de ruas desertas,
nem de madrugadas insones,
de veneno curado de sereia,
ou da solidão, da nostalgia e do tédio,
nem se preocupem em colher poeira de estrela
e com ela fazer poderoso remédio,
nem com os descaminhos daqueles
que escolheram a inquietude
como motivação para cometer sacrilégios,
tão pouco dos que rebelados
costumam caminhar por entre escombros
para justificar aquilo que precisam dizer.
Pelo menos uma vez
versos envoltos em nulidades,
que alimentem descaradamente a possibilidade
de poder acariciar o silêncio,
mas que seja o do vazio das coisas,
pois o outro, é prenúncio de vida que reinicia,
e essa é uma heresia que hoje
eu não quero cometer.
Pelo menos uma vez,
versos que não signifiquem nada,
pois na verdade nossos enredos,
por mais que embaraçados estejam,
sempre sobreviverão ao caos.
Pelo menos uma vez
versos plenos de inutilidades;
que não falem de ruas desertas,
nem de madrugadas insones,
de veneno curado de sereia,
ou da solidão, da nostalgia e do tédio,
nem se preocupem em colher poeira de estrela
e com ela fazer poderoso remédio,
nem com os descaminhos daqueles
que escolheram a inquietude
como motivação para cometer sacrilégios,
tão pouco dos que rebelados
costumam caminhar por entre escombros
para justificar aquilo que precisam dizer.
Pelo menos uma vez
versos envoltos em nulidades,
que alimentem descaradamente a possibilidade
de poder acariciar o silêncio,
mas que seja o do vazio das coisas,
pois o outro, é prenúncio de vida que reinicia,
e essa é uma heresia que hoje
eu não quero cometer.
Pelo menos uma vez,
versos que não signifiquem nada,
pois na verdade nossos enredos,
por mais que embaraçados estejam,
sempre sobreviverão ao caos.
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