NALDOVELHO
E ele vivia pelas ruas catando sobras,
recolhendo restos, cacos,
coisas por descuido esquecidas,
ou desprezadas pela pressa
e amontoava tudo num canto.
Algumas ele utilizava,
outras repassava.
E assim ele tocava nossas vidas
misturado ao que para os outros não prestava
e a buscar significado nos escombros
na tentativa de por ordem nos estragos.
Diziam que se alimentava de entulho
e que era o rei das inutilidades.
Outro dia num beco escuro
encontrou uma caixa cheia de livros,
entre eles: alguns romances,
coisa antiga em desuso;
e um, em especial, de poemas.
O título: poetas que vivem no limbo.
E orgulhosamente na capa,
fez questão de escrever seu nome.
Adorei...
ResponderExcluirUly
Lindo, Naldo, bjs
ResponderExcluirTa cheio de poetas anônimos, por aí....
ResponderExcluirpoetas que vivem no limbo, e de vez em quando encontram outros que se refugiam na poesia para mascarar a realidade que é dura demais.
Beijos, querido amigo.