NALDOVELHO
O homem que observava o horizonte
trazia consigo um sorriso,
meio assim sem juízo,
dizia ser apadrinhado dos ventos
e que ao amanhecer gostava
de caminhar pelas margens de um rio,
e de conversar com as águas que iam
desaguar nos intestinos daquela cidade.
O homem que observava o horizonte
cantava o canto dos pássaros,
que de tão assemelhado se dizia
que ele voava e ninguém via,
juravam até terem lhe visto as penas
que ao anoitecer brilhavam,
quando a lua surgia do ventre
de um vale que por lá existia.
O homem que observava o horizonte,
quando a noite ia alta,
sossegava no canto de uma tapera
lá pras bandas da cidade velha,
e então cantava o canto dos loucos
que diziam morrer de saudades,
e ensinava a escrever poesia
nas pedras que por lá existiam...
Cantos de amor e de dor.
O homem que observava o horizonte
trazia consigo um sorriso,
meio assim sem juízo,
dizia ser apadrinhado dos ventos
e que ao amanhecer gostava
de caminhar pelas margens de um rio,
e de conversar com as águas que iam
desaguar nos intestinos daquela cidade.
O homem que observava o horizonte
cantava o canto dos pássaros,
que de tão assemelhado se dizia
que ele voava e ninguém via,
juravam até terem lhe visto as penas
que ao anoitecer brilhavam,
quando a lua surgia do ventre
de um vale que por lá existia.
O homem que observava o horizonte,
quando a noite ia alta,
sossegava no canto de uma tapera
lá pras bandas da cidade velha,
e então cantava o canto dos loucos
que diziam morrer de saudades,
e ensinava a escrever poesia
nas pedras que por lá existiam...
Cantos de amor e de dor.
fantastico...
ResponderExcluirBeleza sua poesia!
ResponderExcluirLu
Cara! Sem palavras... Qualquer que eu tente profirir, escrever, descrever, digitar, vomitar, abortar... Pairam no céu... Céu da minha boca muda!!! Precisamos encontrar uma maneira de eu ter, em mãos, o teu livro. BRAVO!!!
ResponderExcluirImpressionante, exato, de tirar o fôlego, Naldo Velho!
ResponderExcluirMesmo que eu quisesse,
ResponderExcluirUm dia tentar escrever,
Da maneira inspirada que tens,
Ouviria o som do silêncio, pois diante de ti eu sou...
Dilson Dantas
Lindíssimo e de uma sensibilidade indescritível. Amo seus poemas, você sabe disso, mas se comentasse a cada um deles iria me tornar repetitiva e por isso curto-os com grande admiração.
ResponderExcluirObrigada meu amigo!
Abraços
Vânia
Lindo poema, meu amigo. Parabéns. Abraço.
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