sexta-feira, 9 de setembro de 2011

CADA VEZ QUE ENTARDEÇO


   NALDOVELHO

   O silêncio das almas, a espera inquietante,
   o livro aberto em cima da mesa,
   feridas cicatrizadas e um monte de incertezas.

   As marcas do tempo, a rota dos ventos,
   a cada passo colho pedras e espinhos,
   dias e noites ao relento,
   a face enrugada já não me deixa mentir.

   Um rio de águas claras atravessa meu quintal,
   e do lado de lá, margem contrária de quem sofre,
   um tempo, que eu pressinto, de delicadeza.

   Cada vez que eu entardeço, atravesso um pouco mais,

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