NALDOVELHO
O silêncio das almas, a espera
inquietante,
o livro aberto em cima da
mesa,
feridas cicatrizadas e um
monte de incertezas.
As marcas do tempo, a rota dos
ventos,
a cada passo colho pedras e
espinhos,
dias e noites ao relento,
a face enrugada já não me
deixa mentir.
Um rio de águas claras
atravessa meu quintal,
e do lado de lá, margem
contrária de quem sofre,
um tempo, que eu pressinto, de
delicadeza.
Cada vez que eu entardeço,
atravesso um pouco mais,
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