NALDOVELHO
Impecavelmente vestida
todas as noites dançava sozinha em seu quarto.
Sonhava com ritmos aconchegantes,
respiração excitada, ofegante,
e de olhos fechados viajava em segredo;
fingia ser o amor descoberta,
imaginava ser a flor intocada
de já nem sei quantos anos.
O ar saturado de alfazema,
na cômoda dúzia de rosas vermelhas,
na cama dezena e meia de bonecas
a tudo assistiam e sorriam;
sabiam que ela era feliz!
E assim seria até a última dança:
primavera, novembro e ao som de um bolero.
Que coisa linda, Naldo Velho, que sensibilidade, Deus o abençoe e à sua poesia, sempre, bjs!
ResponderExcluirPerfeito e delicado.
ResponderExcluirParece comigo esse poema!
Um encanto de sonho em preciosos versos!
ResponderExcluirParabéns, Naldo!
Abraços