sábado, 6 de agosto de 2011

QUARTA-FEIRA, SETEMBRO

   NALDOVELHO

   Luz do quarto acesa, tão lentas as horas,  
   madrugada se arrasta, não consegue ir embora.

   Um sol sonolento, contaminado, cinzento,
   amanhece nublado lá no firmamento.

   Pela janela eu percebo calçadas desertas,
   pássaros em revoada, trajetórias incertas.

   Um café bem quente, e o prazer de um cigarro...
   Faz tempo eu não fumo, mas ainda quero, é claro!

   Quarta-feira, setembro, final de estação,
   estiagem aqui dentro, entorpecidas as mãos.

   Coração já não chora, já não tenta, nem sente,
   calmaria faz tempo apaziguou minha mente.

   Caminhar pela cidade a procura de um verso,
   temas estranhos, pensamento disperso.
 
   As palavras que brotam já não formam poemas,
   um amontoado de frases, nada que valha a pena.

   Quarta-feira, setembro, final de estação,
   o tempo que eu tenho escapole das mãos.

6 comentários:

  1. Wednesday,September.

    NALDOVELHO


    Light of the room lit, only slow the hours,
    Dawn drags on, cannot go away.


    The sleepy Sun, contaminated, gray,
    Misty wakes in there.


    Through the window I carries out deserted sidewalks,
    birds in when it soared, uncertain paths.


    The coffee piping hot, and the pleasure of the cigarette...
    The long team I do not smoke, but I still want you it, of course!


    Wednesday, September, end of season,
    drought here within, numbed hands.


    Heart in the longer cry, in the longer tries you it, nor feel,
    still makes team abated my mind.


    Walking around town looking will be her be,
    strange themes, scattered thoughts.

    The words that sprout longer form poems,
    the bunch of sentences, nothing worthwhile.


    Wednesday, September, end of season,
    the team that I have escapes of hands.

    Translation for English by Marlene Nass.

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  2. Mercredi, Septembre.


    NALDOVELHO



    Allume la lumière de la salle, de ralentir seulement les heures,
    Dawn s'éternise, il ne peut pas aller plus loin.



    La sleepy Sun, contaminés, gray,
    Misty se réveille là.



    À travers la fenêtre je réalise les trottoirs déserts,
    les oiseaux quand il explosé, incertain chemins.



    Le café chaud de tuyauterie et le plaisir de la cigarette...
    L'équipe de long je ne fument pas, mais je veux encore vous il en est, bien sûr !



    Mercredi, septembre, fin de saison,
    sécheresse ici engourdi dans les limites, les mains.



    Coeur dans le cri plus longtemps, en plus vous tente, ni sentir,
    toujours fait équipe diminué mon esprit.



    Se promener dans la ville à la recherche sera son être,
    thèmes étranges, des pensées éparses.


    Les mots qui germent plus forment des poèmes,
    le tas de phrases, rien d'utile.



    Mercredi, septembre, fin de saison,
    l'équipe que j'ai s'échappe des mains.


    Traduction de Français par Marlene Nass.

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  3. Tem épocas que estamos assim, cheios de incertezas, tristes, deixando a vida escapar devagarinho. Faz parte da natureza humana! Maravilhoso, amigo Naldo Velho. Forte abraço

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  4. muito bom, meu amigo!

    Muito musical!

    Grande abraço
    Jorge

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  5. Gostei muito do seu Blog amigo Naldo!
    Sucesso sempre!
    Abraços!
    Ligi@Tomarchio®

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  6. Meu querido amigo...cada vez que leio teus versos, me transporto no tempo e no espaço...bom findi....abreijos, guida

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