terça-feira, 2 de agosto de 2011

AQUELA CHAVE

   NALDOVELHO

   E havia aquela chave
   que abria todas as portas,
   algumas eu evitava,
   outras eu me obrigava;
   mas existiam aquelas
   que guardavam mistérios
   e elucidá-los trazia sempre
   um grande prazer.

   E havia aquele quarto,
   e a porta convenientemente entreaberta...
   Por lá, a nostalgia florescia
   e eu não sabia dizer o porquê.
   A cama, a mesinha de cabeceira,
   e nela uma jarra com água e um copo;
   na parede um quadro sombrio,
   monocromática visão
   de algo que eu não entendia.

   E havia aquela porta
   corajosamente escancarada...
   Lá fora: ruas confusas,
   esquinas vadias, madrugadas impunes,
   e o vício do orvalho
   a contaminar meu coração.
   Até hoje carrego as marcas,
   cicatrizes que ainda doem...
   Só não sei mais onde guardei a chave,
   mas não importa!
   Ando cansado demais
   e me perdi de Você.

8 comentários:

  1. Lindo, adoro seus poemas que descrevem
    tudo o que está à volta, eles ficam tão vivos r tão grandes sob o olhar do poeta, um abraço!

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  2. Amigos são especiais ..
    e mais especiais são aqueles que são amigos para sempre.
    Assim como uma frase popular
    Um amigo na necessidade de um amigo de verdade,
    assim que deixar o seu amigo que sabe o quanto eles são importantes para você e você será sempre sua,
    quando eles precisam de você .
    Apenas como um amigo para Sempre.
    Estou seguindo -te e te amando .
    Convido a ler minha postagem.
    Deixando meu eterno carinho.
    Bjs no coração..
    Evanir
    Eu vim conhecer e seguir seu blog através do Facebook.
    Amei seus poemas grande beijo.

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  3. Maravilha poética!

    E havia a janela,
    que esqueceste.
    Debruçado nela,
    esperes a amada passar.
    A convides para entrar,
    abra o teu coração,
    e a chave,
    haverás de encontrar.

    Abreijos, guida

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    Respostas
    1. TO KEY

      NALDOVELHO


      And there was that key
      what was opening all the doors,
      someone I was avoiding,
      others I was assuming an obligation;
      but those were existing
      what were guarding mysteries
      and to elucidate them was always bringing
      a great pleasure.


      And there was that room,
      and the door conveniently half-open...
      That way, the nostalgia was flowering
      and I could not say it why.
      The bed, the bedside table of head,
      and in her a pot with water and a glass;
      in the wall a gloomy picture,
      monochromatic vision
      of something that I was not understanding.


      And there was that door
      courageously wide open...
      Outside: confused streets,
      idle corners, unpunished dawns,
      and the vice of the dew
      contaminating my heart.
      Up to today I load the marks,
      scars that still hurt...
      Only I do not know any more where I guarded the key,
      do not import in them to me!
      I walk tired too much
      and I was given up of you.

      Translated into English by Marlene Nass.

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    2. À la CLÉ

      NALDOVELHO


      Et il y avait cette clé
      ce qui ouvrait toutes les portes,
      quelqu'un j'évitais,
      d'autres je supposais une obligation;
      mais ceux-là existaient
      ce qui gardait des mystères
      et les élucider apportait toujours
      un grand plaisir.


      Et il y avait cette pièce,
      et la porte se demi-ouvre de façon pratique ...
      Cette voie, la nostalgie était la fleuraison
      et je ne pouvais pas le dire pourquoi.
      Le lit, la table de nuit de tête,
      et dans elle un pot avec l'eau et un verre;
      dans le mur une peinture lugubre,
      vision monochromatique
      de quelque chose que je ne comprenais pas.


      Et il y avait cette porte
      courageusement grand ouvert...
      À l'extérieur : rues troubles,
      les coins paresseux, les aubes impunies,
      et le vice de la rosée
      le fait de contaminer mon coeur.
      Jusqu'à aujourd'hui je charge les marques,
      les cicatrices cela a toujours fait mal...
      Seulement je ne sais pas plus où j'ai gardé la clé,
      n'importez pas dans eux en moi!
      Je marche fatigué trop
      et j'ai été renoncé de vous.

      Traduit dans Français par Marlene Nass.

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  4. Olá meu amigo...vai ver vc jogou a chave pela janela, fechou a porta e ficou do lado de dentro remoendo a saudade....bom domingo...abreijos, guida

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  5. Essa chave é preciosa, meu querido amigo! Nem sempre nós alegra abrir certas portas, já outras...são de extremo prazer e mistérios. Lindo poema, Naldo Velho! Adoro ler seus escritos...abraços

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  6. Adoro ler-te Poeta.
    Grata por compartilhar suas pérolas comigo.
    Abraços
    Elaine Mello

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