quinta-feira, 4 de agosto de 2011

PÁSSAROS

   NALDOVELHO

   Pássaros noturnos em minha cama,
   aninham-se em meu travesseiro
   e deixam por lá, gotas de orvalho
   misturadas à raios de luar.

   Talvez por isto eu acorde
   vazio de angustias
   e com a sensação de que o dia
   vai ser de procuras
   e ainda que haja o desencanto
   ele não será dolorido, nem tanto,
   e a poesia que eu tenho
   há de permanecer pelo ar.

   Pássaros, madrugadores que são,
   cantam hinos ao novo dia
   e comovidos anunciam
   que estarão sempre presentes
   aconteça o que acontecer.

   Por conta disto, predadores
   permaneçam afastados, impotentes
   de semear vazios de entranhas,
   indiferenças estranhas,
   e, principalmente, secura de versos,
   pois eles só se alimentam da estiagem
   de quando o poeta não consegue chorar.

   Pássaros viajantes cruzam o céu da cidade,
   em suas penas, mensagens,
   onde eu falo do amor preservado,
   lado esquerdo do peito, na realidade, poemas,
   inventário dos meus momentos,
   coisas que eu nem sei se vão te interessar.

4 comentários:

  1. Birds.

    NALDOVELHO


    Nocturnal birds in my bed,
    nest in my pillow
    and leave there, dew drops
    mixed to rays of moonlight.


    Perhaps for this reason I wake up
    empty of distress
    and with the feeling that the day
    will be of searches
    and although the disenchantment
    It will not be painful, or both,
    and the poetry that I have
    There's stay by air.


    Birds, early risers who are,
    sing hymns to the new day
    and moved announce
    that will always be present
    whatever happens.


    Because of this, predators
    remain far apart, powerless
    empty of seeding, bowel
    strange indifference,
    and, mainly, dryness of verses,
    because they only feed the drought
    When the poet cannot cry.


    Birds travelers cross the city sky,
    in their feathers, messages,
    where I speak of love preserved,
    the left side of the chest, in fact, poems,
    inventory of my moments,
    things that I don't know if it'll be of interest.


    ( Translation for English by Marlene Nass.)

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  2. Oiseaux.


    NALDOVELHO



    Oiseaux nocturnes dans mon lit,
    nichent dans mon oreiller
    et laisser là, rosée gouttes
    mélangés aux rayons de lune.



    Peut-être pour cette raison, que je me réveille
    vide de détresse
    et avec le sentiment que le jour.
    sera de recherches
    et bien que le désenchantement
    Il ne sera pas douloureux, ou les deux,
    et la poésie que j'ai
    Il n'y a sursis par voie aérienne.



    Oiseaux, les contremarches précoce qui sont,
    chanter des hymnes à la nouvelle journée
    et déménage annoncer
    qui sera toujours présent
    Quoi qu'il arrive.



    En raison de cette, prédateurs
    restent très éloignés, impuissant
    vide d'ensemencement, l'intestin
    étrange indifférence,
    et, surtout, la sécheresse de versets,
    parce qu'elles nourrissent uniquement de la sécheresse
    Quand le poète ne peut pas pleurer.



    Voyageurs d'oiseaux traversent le ciel de la ville,
    dans leurs plumes, messages,
    Lorsque je parle de l'amour préservé,
    le côté gauche de la poitrine, en fait, les poèmes,
    inventaire de mes moments,
    sont des choses que je ne sais pas si ça va être d'intérêt.



    (Traduction de Français par Marlene Nass).

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  3. Pássaros interessam aos leitores do Bardo, que traz, na ponta da pena, o seu versejar.

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  4. MUITO OBRIGADA, QUERIDO POETA, POR TE LEMBRARES DESTA AVEZINHA QUE NÃO PÁRA E QUE TANTO AMA AS AVES.
    O TEU POEMA, COMO SEMPRE, É MARAVILHOSO!
    GOSTARIA DE TE OFERECER UM DOS MEUS POEMAS AOS PÁSSAROS, COM A ADMIRAÇÃO E O CARINHO DE SEMPRE.


    NÃO POSSO DESENHAR PÁSSAROS!


    NÃO POSSO DESENHAR PÁSSAROS
    OS PÁSSAROS SE DESENHAM A SI MESMOS
    INCESSANTEMENTE
    EM MÚLTIPLAS FORMAS AÉREAS
    DINÂMICAS

    MUDAM CONSTANTEMENTE
    A FORMA E O REFLEXO DAS ASAS
    COMO SE ESCREVESSEM

    SOBREVOAM SOBREPONDO-SE
    INCESSANTES
    INFINDÁVEIS
    SONÂMBULOS ILUMINADOS

    Aceita o meu abraço frataterno e amigo, sempre,
    Maria Petronilho

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