NALDOVELHO
Pássaros noturnos em minha cama,
aninham-se em meu travesseiro
e deixam por lá, gotas de orvalho
misturadas à raios de luar.
Talvez por isto eu acorde
vazio de angustias
e com a sensação de que o dia
vai ser de procuras
e ainda que haja o desencanto
ele não será dolorido, nem tanto,
e a poesia que eu tenho
há de permanecer pelo ar.
Pássaros, madrugadores que são,
cantam hinos ao novo dia
e comovidos anunciam
que estarão sempre presentes
aconteça o que acontecer.
Por conta disto, predadores
permaneçam afastados, impotentes
de semear vazios de entranhas,
indiferenças estranhas,
e, principalmente, secura de versos,
pois eles só se alimentam da estiagem
de quando o poeta não consegue chorar.
Pássaros viajantes cruzam o céu da cidade,
em suas penas, mensagens,
onde eu falo do amor preservado,
lado esquerdo do peito, na realidade, poemas,
inventário dos meus momentos,
coisas que eu nem sei se vão te interessar.
Birds.
ResponderExcluirNALDOVELHO
Nocturnal birds in my bed,
nest in my pillow
and leave there, dew drops
mixed to rays of moonlight.
Perhaps for this reason I wake up
empty of distress
and with the feeling that the day
will be of searches
and although the disenchantment
It will not be painful, or both,
and the poetry that I have
There's stay by air.
Birds, early risers who are,
sing hymns to the new day
and moved announce
that will always be present
whatever happens.
Because of this, predators
remain far apart, powerless
empty of seeding, bowel
strange indifference,
and, mainly, dryness of verses,
because they only feed the drought
When the poet cannot cry.
Birds travelers cross the city sky,
in their feathers, messages,
where I speak of love preserved,
the left side of the chest, in fact, poems,
inventory of my moments,
things that I don't know if it'll be of interest.
( Translation for English by Marlene Nass.)
Oiseaux.
ResponderExcluirNALDOVELHO
Oiseaux nocturnes dans mon lit,
nichent dans mon oreiller
et laisser là, rosée gouttes
mélangés aux rayons de lune.
Peut-être pour cette raison, que je me réveille
vide de détresse
et avec le sentiment que le jour.
sera de recherches
et bien que le désenchantement
Il ne sera pas douloureux, ou les deux,
et la poésie que j'ai
Il n'y a sursis par voie aérienne.
Oiseaux, les contremarches précoce qui sont,
chanter des hymnes à la nouvelle journée
et déménage annoncer
qui sera toujours présent
Quoi qu'il arrive.
En raison de cette, prédateurs
restent très éloignés, impuissant
vide d'ensemencement, l'intestin
étrange indifférence,
et, surtout, la sécheresse de versets,
parce qu'elles nourrissent uniquement de la sécheresse
Quand le poète ne peut pas pleurer.
Voyageurs d'oiseaux traversent le ciel de la ville,
dans leurs plumes, messages,
Lorsque je parle de l'amour préservé,
le côté gauche de la poitrine, en fait, les poèmes,
inventaire de mes moments,
sont des choses que je ne sais pas si ça va être d'intérêt.
(Traduction de Français par Marlene Nass).
Pássaros interessam aos leitores do Bardo, que traz, na ponta da pena, o seu versejar.
ResponderExcluirMUITO OBRIGADA, QUERIDO POETA, POR TE LEMBRARES DESTA AVEZINHA QUE NÃO PÁRA E QUE TANTO AMA AS AVES.
ResponderExcluirO TEU POEMA, COMO SEMPRE, É MARAVILHOSO!
GOSTARIA DE TE OFERECER UM DOS MEUS POEMAS AOS PÁSSAROS, COM A ADMIRAÇÃO E O CARINHO DE SEMPRE.
NÃO POSSO DESENHAR PÁSSAROS!
NÃO POSSO DESENHAR PÁSSAROS
OS PÁSSAROS SE DESENHAM A SI MESMOS
INCESSANTEMENTE
EM MÚLTIPLAS FORMAS AÉREAS
DINÂMICAS
MUDAM CONSTANTEMENTE
A FORMA E O REFLEXO DAS ASAS
COMO SE ESCREVESSEM
SOBREVOAM SOBREPONDO-SE
INCESSANTES
INFINDÁVEIS
SONÂMBULOS ILUMINADOS
Aceita o meu abraço frataterno e amigo, sempre,
Maria Petronilho